quinta-feira, 31 de março de 2011
1ª vez
Sim, vão ver aqui uma estreia! É que habitualmente tudo, mas mesmo tudo que é colocado aqui sai da minha imaginação, inspirado na minha vivência pessoal. Mas recebi este texto e não posso deixar de compartilhá-lo! ------------------ Mia Couto - Geração à Rasca - A Nossa Culpa Um dia, isto tinha de acontecer. Existe uma geração à rasca? Existe mais do que uma! Certamente! Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida. Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações. A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos. Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor. Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada. Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes. Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou. Foi então que os pais ficaram à rasca. Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado. Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais. São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração. São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar! A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas. Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados. Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional. Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere. Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam. Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras. Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável. Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada. Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio. Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração? Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos! Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós). Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja!, que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida. E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!! Novos e velhos, todos estamos à rasca. Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens. Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles. A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la. Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço?
terça-feira, 29 de março de 2011
Homens de negócios
Não, não estou a falar de nenhuma reunião maluca! Estou a falar de um filme muito, muito bom! Trata de uma serie de yuppies que um dia acordaram e perceberam que devido á ganância de uns, tinham ficado sem emprego. e sem as grandes casas, os grandes carros, e as mulhezinhas dondocas tiveram de voltar a trabalhar! É um filme algo duro, sem ser lamechas e tem um Tommy Lee Jones fenomenal! Um Ben Afleck muito bom e um Kevin Costner com um humor genial! Recomendo vivamente!!!
segunda-feira, 21 de março de 2011
Censos!!!
E eis que hoje me entregaram os papelinhos dos Censos para responder. E descobri que, para o INE, eu sou:
- um individuo
- um alojamento familiar
- uma familia.
Ou seja, tenho 3 folhinhas para responder.
E peguei eu em mim, fui ao site para responder e, surpresa surpresa... 1º deu uma mensagem de limite máximo de pessoas a responder... agora nem se consegue entrar no site.
mas o que é que se passa com este país que tanto fala de tecnologia, internet e magalhães e depois cada vez que tem uma cena qualquer tecnologica falha tudo e lá vamos ter de responder como em 1900: em papel???!!! Que esse ao menos não fica "com excesso de lotação!"
Mas é favor responder aos censos. Quem não recebeu pode sempre ir pedir os impressos á junta de freguesia, a mesma onde se ia resolver problema do cartão do cidadão no dia das eleições.
bj
- um individuo
- um alojamento familiar
- uma familia.
Ou seja, tenho 3 folhinhas para responder.
E peguei eu em mim, fui ao site para responder e, surpresa surpresa... 1º deu uma mensagem de limite máximo de pessoas a responder... agora nem se consegue entrar no site.
mas o que é que se passa com este país que tanto fala de tecnologia, internet e magalhães e depois cada vez que tem uma cena qualquer tecnologica falha tudo e lá vamos ter de responder como em 1900: em papel???!!! Que esse ao menos não fica "com excesso de lotação!"
Mas é favor responder aos censos. Quem não recebeu pode sempre ir pedir os impressos á junta de freguesia, a mesma onde se ia resolver problema do cartão do cidadão no dia das eleições.
bj
quarta-feira, 16 de março de 2011
Paula Rego
Fui à Casa de Histórias Paula Rego em Cascais. Um destes dias, chovia e estava frio (algo que eu até nem desgosto) peguei em mim e no meu lindinho (pago um jantar a quem adivinhar quem é o meu lindinho!) e lá fui eu marginal afora até Cascais.
Já vos disse que gosto da Marginal? É! Gosto! Gosto de não puder ir muito depressa, de passar por praia, prédios e vivendas, tudo em meia dúzia de km. Mas estou a divagar! (quem me conhece sabe que eu divago!)
Se eu sabia onde ficava a CHPR? Não, não sabia, por isso fui andando, até pensar que já estava perdida e eis que aparece uma placa maravilhosa a dizer exactamente onde tinha de virar para chegar à dita Casa.
1ª boa surpresa: é de borla! Logo não há desculpa para não ir ver. Estaciona-se relativamente bem, tem café, esplanada, um espaço verde que no verão deve ser divino e, bem, e tem arte. Tem arte de muita qualidade! E tem Paulas Rego pendurados nas paredes, fortes, divinos e até um bocadinho assustadores. E tem panfletos a explicar tudinho e tem uma loja cheinha de livros fabulosos.
Veridicto? Recomendo vivamente.
Já vos disse que gosto da Marginal? É! Gosto! Gosto de não puder ir muito depressa, de passar por praia, prédios e vivendas, tudo em meia dúzia de km. Mas estou a divagar! (quem me conhece sabe que eu divago!)
Se eu sabia onde ficava a CHPR? Não, não sabia, por isso fui andando, até pensar que já estava perdida e eis que aparece uma placa maravilhosa a dizer exactamente onde tinha de virar para chegar à dita Casa.
1ª boa surpresa: é de borla! Logo não há desculpa para não ir ver. Estaciona-se relativamente bem, tem café, esplanada, um espaço verde que no verão deve ser divino e, bem, e tem arte. Tem arte de muita qualidade! E tem Paulas Rego pendurados nas paredes, fortes, divinos e até um bocadinho assustadores. E tem panfletos a explicar tudinho e tem uma loja cheinha de livros fabulosos.
Veridicto? Recomendo vivamente.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Happy Curly Dinner
Março, primavera a chegar (é já dia 21) uns dias de calorzinho para animar, sim, eu sei que hoje está a chover, mas de certeza que o bom tempo está aí ao virar da esquina!
Bem, esta introdução só para vos falar de mais um magnifico Happy Dinner!
Local? Clube dos Jornalistas na Lapa!
Novidade? Noite temática! Resultado final?? Todas (ou quase todas) as meninas de caracois. Há pois é!! Há fotos que o comprovam, é só procurar no facebook!
Voltando ao local. 1º informação por demais importante: o restaurante tem vallet parking, o que que dizer que "estacionam" a vossa viatura à porta, entregam a chave e alguém o vai estacionar. Digam lá que só por isto não vale a pena ir ao Clube?? é que estacionar na Lapa........
O local é fenomenal, lindo, uma casa antiga, de tectos altos, madeira no chão, azulejos na parede, e salas com sofás, livros, revistas, jornais (ou não fosse o clube de jornalistas!) onde só apetece enroscar, ler e beber um cacau quente (no inverno, claro está!)! Bem, mas não foi isso que fizemos, mas fica a sugestão!
Serviço de 5 estrelas, simpáticos, atenciosos, com pequenas delicadezas que fazem toda a diferença. E a comida? Pessoalmente gostei mesmo muito, sem ficar completamente deslumbrada, mas esta parte já não foi unânime entre as 7 meninas que compareceram ao HCD.
Nota final: tem um jardim interior onde no verão se pode estar e jantar, e nem que seja só por isso vou mesmo lá voltar.
Veridicto final? Aprovado com distinção e recomendação!
Bem, esta introdução só para vos falar de mais um magnifico Happy Dinner!
Local? Clube dos Jornalistas na Lapa!
Novidade? Noite temática! Resultado final?? Todas (ou quase todas) as meninas de caracois. Há pois é!! Há fotos que o comprovam, é só procurar no facebook!
Voltando ao local. 1º informação por demais importante: o restaurante tem vallet parking, o que que dizer que "estacionam" a vossa viatura à porta, entregam a chave e alguém o vai estacionar. Digam lá que só por isto não vale a pena ir ao Clube?? é que estacionar na Lapa........
O local é fenomenal, lindo, uma casa antiga, de tectos altos, madeira no chão, azulejos na parede, e salas com sofás, livros, revistas, jornais (ou não fosse o clube de jornalistas!) onde só apetece enroscar, ler e beber um cacau quente (no inverno, claro está!)! Bem, mas não foi isso que fizemos, mas fica a sugestão!
Serviço de 5 estrelas, simpáticos, atenciosos, com pequenas delicadezas que fazem toda a diferença. E a comida? Pessoalmente gostei mesmo muito, sem ficar completamente deslumbrada, mas esta parte já não foi unânime entre as 7 meninas que compareceram ao HCD.
Nota final: tem um jardim interior onde no verão se pode estar e jantar, e nem que seja só por isso vou mesmo lá voltar.
Veridicto final? Aprovado com distinção e recomendação!
quarta-feira, 2 de março de 2011
Afilhada!
Minha linda
gostei de saber que vens para pertinho de mim, mas por outro lado custa-me que saias de um sitio que gostavas (Leiria) porque não há oportunidades de emprego.~
BJ enorme
gostei de saber que vens para pertinho de mim, mas por outro lado custa-me que saias de um sitio que gostavas (Leiria) porque não há oportunidades de emprego.~
BJ enorme
Pudim de Peixe
Patrocinado pela Saberes e Sabores de Fevereiro
Para 4 pessoas:
- lave 8 batatas médias e ponha-as a cozer (com casca). quando começar a ferver, tempere com sal e deixe cozer até estarem tenras.
- tempere os filetes de peixe panga (zona de congelados, marca pescanova!) com sal, pimenta e sumo de limão
- num tacho ponha 1 alho francês cortado ás rodelas, 50g de vaqueiro alho (sublime!), 100g de bacon aos cubinhos e deixe cozer em lume brando até o alho francês estar bem tenro. junte os filetes (bem como todo o molho onde eles estiveram) e deixe suar durante cerca de 8m.
- pele as batatas, junte 1 emb de creme culinário vaqueiro pr cozinhar (vulgo natas), e esmague as batatas (no passevit, ou com a ajuda da varinha mágica), até ter a consistência de puré de batata, rectifique o sal, e junte pimenta e noz moscada
- desfaça grosseiramente o peixe, junte o puré de batata, e envolva bem. junto cerca de 150g de queijo emmental em fios. Truque: não tenha medo de condimentar bem o peixe, porque ao juntar o puré de batata vai "perder" bastante sabor!
- deite num tabuleiro de forno e ponha 4 ovos em cavidades no meio do puré. Não é para envolver, é só para colocar em "buraquinhos" (escolha ovos m). tape com papel aluminio e leve ao forno já quente (30m).
- destape e deixe alourar.
e voilá. o que demora mais é o puré, mas vale bem a pena fazê-lo.
Para 4 pessoas:
- lave 8 batatas médias e ponha-as a cozer (com casca). quando começar a ferver, tempere com sal e deixe cozer até estarem tenras.
- tempere os filetes de peixe panga (zona de congelados, marca pescanova!) com sal, pimenta e sumo de limão
- num tacho ponha 1 alho francês cortado ás rodelas, 50g de vaqueiro alho (sublime!), 100g de bacon aos cubinhos e deixe cozer em lume brando até o alho francês estar bem tenro. junte os filetes (bem como todo o molho onde eles estiveram) e deixe suar durante cerca de 8m.
- pele as batatas, junte 1 emb de creme culinário vaqueiro pr cozinhar (vulgo natas), e esmague as batatas (no passevit, ou com a ajuda da varinha mágica), até ter a consistência de puré de batata, rectifique o sal, e junte pimenta e noz moscada
- desfaça grosseiramente o peixe, junte o puré de batata, e envolva bem. junto cerca de 150g de queijo emmental em fios. Truque: não tenha medo de condimentar bem o peixe, porque ao juntar o puré de batata vai "perder" bastante sabor!
- deite num tabuleiro de forno e ponha 4 ovos em cavidades no meio do puré. Não é para envolver, é só para colocar em "buraquinhos" (escolha ovos m). tape com papel aluminio e leve ao forno já quente (30m).
- destape e deixe alourar.
e voilá. o que demora mais é o puré, mas vale bem a pena fazê-lo.
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